Trégua Olímpica: G7 pede paz durante os Jogos de Paris 2024


 Matheus Loureiro

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Os líderes do G7 - organização informal de líderes de algumas das maiores economias do mundo: Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos - apoiaram unanimemente uma proposta da França para incluir no comunicado final de sua reunião um pedido de trégua nos conflitos globais durante os Jogos Olímpicos de Paris em 2024.

Em um gesto simbólico e histórico, os líderes do G7 incentivaram “todos os países a observarem a Trégua Olímpica individual e coletivamente”, conforme estabelecido no comunicado final da cúpula realizada em Borgo Egnazia, na Puglia, sul da Itália.

“Foi um pedido francês, um bom pedido, foi incluído por unanimidade”, declarou, neste sábado (15), a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que presidiu a reunião do G7 no sul da Itália.

A tradição de suspender os conflitos armados durante uma olimpíada é uma prática de longa data.

Na Grécia antiga, durante as competições, uma trégua sagrada inviolável deveria ser decretada: qualquer guerra ou hostilidade seria interrompida até o final dos jogos para que os atletas viajassem até Olímpia, disputassem os Jogos e retornassem para suas cidades de origem em segurança.

O comunicado final do G7 faz referência a uma resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o tema:

Tradicionalmente, a ONU decreta uma trégua olímpica que se inicia uma semana antes da competição e termina uma semana após o encerramento dos Jogos.

O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou em abril que trabalharia para obter um cessar-fogo durante as Olimpíadas de Paris, mencionando conflitos específicos no Oriente Médio, Ucrânia e Sudão. Além de Macron, outras figuras importantes, como o Papa Francisco, também reforçaram o apelo por paz e unidade durante o período dos Jogos.

Segundo o líder da Igreja Católica, "o autêntico espírito olímpico e paralímpico é um antídoto para a tragédia da guerra e para se redimir, pondo fim à violência".

Resta agora acompanhar os desdobramentos e a adesão dos demais países à trégua proposta, na esperança de que este gesto simbólico possa ter um impacto positivo nas regiões afetadas por conflitos armados.

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