Jogos Olímpicos de Paris 2024 terá a maior participação feminina no da história

 Em 1924, nos Jogos Olímpicos de Paris, apenas 135 mulheres entre 3.089 atletas puderam representar seus países no maior evento esportivo do planeta. Depois de muita luta e mais de um século da criação do Dia Internacional das Mulheres, o Comitê Olímpico Internacional declarou que, pela primeira vez na história das Olimpíadas, haverá igualdade total de gêneros nas cotas de vagas para Paris 2024.

Os movimentos feministas no mundo e no esporte, incluindo a participação cada vez mais significativa de mulheres no Movimento Olímpico, fizeram com que o número de atletas femininas nas competições aumentasse gradualmente, atingindo picos de crescimento em Los Angeles 1984, com 23%, seguido por 44% em Londres 2012 e 48% em Tóquio 2020, até chegar na tão esperada proporção de 50/50 em 2024.


Rebeca Andrade com as medalhas das Olimpíadas - Foto: Ricardo Bufolin/ Panamerica Press/CBG

O Brasil vive o melhor momento no esporte feminino atualmente. As cinco maiores chances de ouro do país para Paris 2024 estão entre Rebeca Andrade (ginástica artística), Beatriz Ferreira (boxe), Ana Patrícia e Duda (vôlei de praia), Rayssa Leal (skate) e Mayra Aguiar (judô). Nos Jogos Pan-Americanos de 2023, as mulheres garantiram a melhor campanha do país na história da competição, com a maioria das medalhas de ouro e das medalhas em geral. Dos 66 topos do pódio, 33 foram exclusivamente femininos.

Para tornar possíveis todos os avanços na esfera da igualdade de gêneros, as mudanças precisaram acontecer também fora das arenas. A representação feminina no Conselho Executivo do COI aumentou em 6,7% com a Agenda Olímpica de Tóquio 2020, e desde 2022, 50% dos cargos de membros das comissões do Comitê são ocupados por mulheres.

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