Ucrânia Confirma Participação nas Olimpíadas de Paris Apesar da Guerra

Maria Melo 

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A Ucrânia confirmou oficialmente sua participação nas Olimpíadas de Paris, que ocorrerão de 26 de julho a 11 de agosto de 2024. O anúncio foi realizado pelo ministro da Juventude e Desportos, Matviy Bidnyi, durante uma coletiva de imprensa em Kiev. Apesar da guerra que já dura dois anos, o país reafirma seu compromisso com o esporte e enviará seus atletas para competir sob o lema "A Vontade de Vencer".

Matviy Bidnyi enfatizou que a exclusão da Rússia do movimento olímpico após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022 é uma vitória significativa. O presidente do Comitê Olímpico Ucraniano, Vadym Gutzeit, sublinhou a importância da participação ucraniana, afirmando que "os atletas se prepararam para os Jogos sob foguetes e bombas". Em comunicado, o Ministério da Juventude e Desportos reforçou que os Jogos representam uma oportunidade crucial para demonstrar ao mundo a determinação e a resiliência do povo ucraniano.

Devido ao conflito, muitos atletas ucranianos precisaram deixar o país para treinar adequadamente para as Olimpíadas. O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu permitir a participação de atletas russos e belarussos sob bandeira neutra, sem o uso de bandeiras ou hinos nacionais, e proibiu sua participação na cerimônia de abertura. O COI revisou os critérios de elegibilidade, excluindo atletas russos ou belarussos com ligação militar ou que tenham apoiado publicamente a guerra.

Para os Jogos de Paris, foi estabelecido um limite de 54 atletas russos e 28 belarussos, com base nas referências das Olimpíadas de Tóquio. No entanto, espera-se que apenas 36 russos e 22 belarussos se classifiquem, sendo que 12 russos e sete belarussos já estão garantidos até o momento. O Comitê Olímpico Ucraniano aconselhou seus atletas a evitarem encontros e fotos com atletas russos e belarussos, mantendo a distância devido ao contexto político e militar.

A confirmação da participação ucraniana nas Olimpíadas de Paris destaca não apenas a perseverança dos seus atletas, mas também a mensagem de esperança e resistência que o país deseja transmitir ao mundo durante um período de conflito intenso.