Inteligência Artificial nos Jogos Olímpicos de Paris 2024: O Futuro do Esporte em Transformação

Imagem: Svet foto/Shutterstock

Maria Melo

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Com a data marcada para julho e agosto deste ano, os Jogos de Paris 2024 prometem não apenas celebrar o esporte, mas também inaugurar uma nova era com a introdução da inteligência artificial e ações sustentáveis. 

No evento recentemente sediado em Londres, o presidente do COI, Thomas Bach, expressou sua confiança na capacidade da IA de transformar o julgamento e a arbitragem, fortalecendo assim o senso de justiça no esporte. Bach destacou que, além do papel crucial na arbitragem, a IA será empregada na identificação de talentos emergentes, na personalização dos métodos de treinamento, na proteção dos atletas contra o assédio online e na melhoria da experiência de visualização dos espectadores em casa, através das transmissões esportivas.

Embora os detalhes específicos dos planos do COI ainda não tenham sido totalmente divulgados, a entidade anunciou a criação de um grupo de trabalho dedicado à implementação das tecnologias de IA nos esportes. Além disso, a Swiss Timing, representada por seu CEO, Alain Zobrist, revelou que a IA será integrada aos sistemas de cronometragem da OMEGA nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, proporcionando uma análise mais profunda e abrangente do desempenho atlético.

A ex-esquiadora Lindsey Vonn, presente no evento do COI em Londres, enfatizou o potencial das ferramentas de IA já disponíveis para processamento de dados na preparação dos atletas, destacando as novas possibilidades para melhorar o desempenho.

Vídeo: https://www.intel.com.br/content/www/br/pt/newsroom/news/intel-brings-ai-innovation-to-life-at-olympics.html

Além das iniciativas internas do COI, a entidade anunciou uma parceria estratégica com a Intel, visando explorar o potencial de atletas em locais muitas vezes negligenciados. A Intel realizou uma expedição ao Senegal, onde avaliou o potencial atlético de mil crianças em cinco aldeias, utilizando a IA para analisar dados como altura do salto e tempo de reação ao movimento. Christoph Schell, diretor comercial da Intel, revelou que 40 atletas promissores foram identificados através dessa análise.

Entretanto, a introdução da IA nos Jogos Olímpicos não está isenta de controvérsias. Os organizadores locais dos Jogos de Paris geraram polêmica ao anunciarem planos de utilizar IA para segurança, através de um sistema de vigilância com câmeras alimentadas por essa tecnologia. Embora o governo francês tenha assegurado que os sistemas não empregarão tecnologia de reconhecimento facial para proteger a privacidade dos indivíduos, muitos permanecem céticos em relação aos potenciais impactos na privacidade e na liberdade individual.

À medida que nos aproximamos dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, fica claro que a inteligência artificial está destinada a desempenhar um papel cada vez mais significativo no esporte.